sábado, 7 de maio de 2011

Para Refletir!

FOLHA EM BRANCO

Certo dia eu estava aplicando uma prova e os alunos, em silêncio, tentavam responder as perguntas com uma certa ansiedade.
Faltavam uns 15 minutos para o encerramento e um aluno levantou o braço, dirigiu-se a mim e disse:
“Professor, pode me dar uma folha em branco?”
Levei a folha até sua carteira e perguntei porque queria mais uma folha em branco. Ele respondeu:
” Eu tentei responder as questões, rabisquei tudo, fiz uma confusão danada e queria começar outra vez”.
Apesar do pouco tempo que faltava, confiei no rapaz, dei-lhe a folha em branco e fiquei torcendo por ele.
Aquela sua atitude causou-me simpatia. Hoje, lembrando aquele episódio simples, comecei a pensar quantas pessoas receberam uma folha em branco, que foi a vida que DEUS lhe deu até agora, e só têm
feito rabiscos, tentativas frustradas e uma confusão danada…
Acho que agora seria bom momento para se pedir a DEUS uma nova folha em branco, uma nova oportunidade para ser feliz.
Assim como tirar uma boa nota depende exclusivamente da atenção e esforço do aluno, uma vida boa também depende da atenção que demos aos ensinamentos do Mestre.
Não importa qual seja sua idade, condição financeira, religião, etc. Levante o braço, peça uma folha em branco, passe sua vida a limpo. Não se preocupe em tirar 10, ser o melhor.
Preocupe-se apenas em aplicar o aprendizado que recebeu nas aulas do Mestre.  Ele se interessa por aquele que pede ajuda e repete toda a “matéria” dada, portanto, só depende de você.
Font: -> (Rita Pando)
...
Bens Materiais  – Marco Brasil

Bens Materiais
Bens Materiais
Preste atenção minha gente no que eu tenho pra dizer
Este é fato muito triste e que jamais vou esquecer:
Existiu um cidadão ganancioso demais,
Só pensava em poder e em bens materiais.
Tinha uma esposa mal amada e um filho por nome Juninho,
A quem pouco dava atenção e jamais dava carinho!
O pai ignorava a família e só pensava no dinheiro
Não tinha morada certa nem tão pouco paradeiro.
Quantas vezes a mãe ao lado de seu filhinho
Passavam Natal, aniversários e outros dias sozinhos.
O filho às vezes chorava querendo o pai encontrar
E a mãe sempre dizia querendo lhe consolar
Seu pai está trabalhando pra mais conforto nos dar!
O pai sempre viajando por este chão brasileiro
Não media as conseqüências
Pra ganhar o seu dinheiro.
Certa vez um bom dinheiro ele conseguiu ganhar
Comprou o carro importado que ele vivia a sonhar
E depois de um bom tempo, com a família veio encontrar.
Chegou em casa no seu carro dirigindo
E para a sua família foi logo se exibindo
Era um carro de luxo da cor azul do céu
Que para todos ele mostrava, como se fosse um troféu.
O filho com saudades, perto do pai chegava.
mas ele não dava atenção, nem sequer pro filho olhava.
O homem só falava do carro, até parecia um louco
Depois de algum tempo, resolveu descansar um pouco.
O pai foi dormir e o garoto ficou acordado
Olhando pra aquele carro viu uma sujeira do lado.
Na inocência de criança querendo o pai ajudar,
Pegou um balde de água para o carro lavar
Pegou uma bucha de aço e começou a esfregar.
Depois com simplicidade foi correndo o pai acordar!
O homem ao ver o carro todo arranhado
Parecia um animal feroz e descontrolado
E como um demente que não sabe o que faz
Nas mãozinhas do menino começou a bater
A mãe num quarto trancada não pode seu filho ajudar
Vendo o pai com muito ódio o garoto castigar!
O pai mostrando maldade impedia e não deixava
Que a mãe buscasse socorro pro seu filho que ali chorava.
Três dias se passaram de sofrimento sentido
Atá que o pai foi consertar o carro e o filho pode ser
atendido.
O médico deu a notícia tão triste de se escutar
Mãe, a mãozinha de seu filhinho teremos que amputar!
Em estado de choque a mãe foi internada
E naquele mesmo dia a cirurgia do filho marcada.
Passaram-se alguns dias e o pai foi avisado
A notícia deixou o homem totalmente desesperado.
Saiu correndo para o hospital onde o filho estava internado.
Quando viu o seu filho, com a mão amputada, começou a chorar.
O menino o abraçou e quis o pai consolar.
Na inocência de criança para o pai começou a falar:
“Papai eu nunca mais vou fazer você chorar,
Pois eu já não tenho minha mãozinha para o seu carro arranhar!”
O homem saiu correndo sem saber o que fazer
Com tanta dor e remorso não queria mais viver.
Não tinha mais solução, não tinha mais outro jeito.
Pegou então uma arma e sem pensar
atirou contra o próprio peito.
Aquele tiro tirou a vida em poucos instantes
De um homem egoísta, covarde e ignorante!
Termino esta triste história e espero não ver outras iguais.
E deixo aqui uma mensagens para filhos e pais:
“Na vida há coisas mais importantes do que bens
materiais!”
...
“Efeito Beija-Flor”
Alex França
Pulamos de ilusão em ilusão como passarinhos que trocam de galho no início da primavera.Em busca do galho mais perfeito, mais seguro, mais aconchegante. Somos como o beija-Flor, que de flor em flor, colhe e transporta o pólen na tentativa de germinar. A cada bicada uma procura e a cada flor que se fecha uma ilusão que se desfaz. A fugacidade da beleza da natureza leva a refletir sobre as ilusões humanas. As flores, por mais lindas, duram pouco. A cerejeira é um exemplo, pois sua impressionante beleza dura poucos dias, e acumula ao seu redor dezenas de pessoas munidas de máquinas fotográficas querendo registrar esta peculiaridade efêmera. Nossa vida, muitas vezes, também é assim. Registrar belezas efêmeras, de curta duração, cujo impacto pode se prolongar por toda uma existência e cuja lembrança perpassa toda uma vida. Homens beija-flor que somos, mergulhamos na ilusão de que o pólen do momento germinará mas desígnos estranhos, ou escolhas humanas, invadem nossos sonhos nos trazendo para o chão da realidade. E assim seguimos até a próxima idealização, a próxima ilusão, a próxima flor que se abre vistosa em busca do nosso pólen. Será que viver é isto?
Nossas maiores angústias residem na encruzilhada entre a diversão sem compromisso e a busca de um porto seguro. Os eternos adolescentes vivem o efeito beija-flor cotidianamente, aproveitando fundo as ilusões que os momentos oferecerem sem se preocupar com o dia de amanhã. Os carentes crônicos vivem cada ilusão como a porta de salvação de sua condição solitária, condição esta muitas vezes nem real é. E há ainda os variáveis que a cada dia querem uma coisa, ou que querem tudo de uma só vez e se engasgam com sua própria gula. Tradicionalmente na medida em que envelhecemos a busca por uma companhia especial passa a ser mais intensa. Não exatamente um casamento, que na sua forma tradicional esta fadado ao fracasso, mas nas grandes amizades que se cultivam em cima de companheirismos e cumplicidades. Infelizmente este momento da vida também é acompanhado pela ansiedade, que estraga todo o processo, e o risco de se desvalorizar em busca de uma idealização é grande e a frustração acaba sendo caminho recorrente.
Alex França
Acho que viver pode ser um pouco de cada destas coisas: cultivar a auto-estima, sonhar sem deixar de ser real, curtir ilusões sem mágoas ou posses. Mas infelizmente chegar neste ponto exige muito e os coloridos ilusórios do longo caminho tentem a ser mais sedutores. De todos os males que a ilusão produz, para mim o pior é o seu cultivo pela falsa possibilidade, a falta de diálogo é um mal terrível e esta incomunicabilidade só destrói. Falar pressupõe primeiro se ouvir. Quando se externa um sentimento, se revela o que estava guardado há muito, abrimos o cofre com o que não queremos nos deparar. Acabamos encarando nossas misérias e nossas contradições e pára não conviver com estes fantasmas, fechar a boca acaba sendo o caminho mais curto. Um ato de egoísmo intenso.
Vivi grandes e boas ilusões que me fizeram feliz por momentos e me marcaram para toda a vida. De todas elas levo a experiência e as lembranças como medalhas por ter sobrevivido. A sucessão de momentos me fez o que hoje eu sou: o somatório de todas as alegrias e dores, todos os gozos e decepções que fiz acontecer. Ter uma vida de minisséries é intenso e variado e exige esforço contínuo de desapego. Ando querendo mais agora. Já tive várias conquistas e superar minhas próprias limitações vai ter o valor de um campeonato vencido. Além dos romances folhetinescos almejo um épico consistente e construído que vá além das primeiras páginas e se expanda por várias primaveras floridas. Sempre estaremos sujeitos as variadas espécies de beija-flores sedutores que cruzam nossos caminhos, espantar tanta beleza seria quase uma afronta ao que a natureza oferece. No entanto, saber admirar sem idealizar e entender a beleza do momento que não se extende também faz parte do respeito a outra natureza tão importante, que é a natureza humana, ou seja, a nós mesmos.

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