FOLHA EM BRANCO
Certo dia eu estava aplicando uma prova e os alunos, em silêncio, tentavam responder as perguntas com uma certa ansiedade.
Faltavam uns 15 minutos para o encerramento e um aluno levantou o braço, dirigiu-se a mim e disse:
“Professor, pode me dar uma folha em branco?”
Levei a folha até sua carteira e perguntei porque queria mais uma folha em branco. Ele respondeu:
” Eu tentei responder as questões, rabisquei tudo, fiz uma confusão danada e queria começar outra vez”.
Apesar do pouco tempo que faltava, confiei no rapaz, dei-lhe a folha em branco e fiquei torcendo por ele.
Aquela sua atitude causou-me simpatia. Hoje, lembrando aquele episódio simples, comecei a pensar quantas pessoas receberam uma folha em branco, que foi a vida que DEUS lhe deu até agora, e só têm
feito rabiscos, tentativas frustradas e uma confusão danada…
feito rabiscos, tentativas frustradas e uma confusão danada…
Acho que agora seria bom momento para se pedir a DEUS uma nova folha em branco, uma nova oportunidade para ser feliz.
Assim como tirar uma boa nota depende exclusivamente da atenção e esforço do aluno, uma vida boa também depende da atenção que demos aos ensinamentos do Mestre.
Não importa qual seja sua idade, condição financeira, religião, etc. Levante o braço, peça uma folha em branco, passe sua vida a limpo. Não se preocupe em tirar 10, ser o melhor.
Preocupe-se apenas em aplicar o aprendizado que recebeu nas aulas do Mestre. Ele se interessa por aquele que pede ajuda e repete toda a “matéria” dada, portanto, só depende de você.
Preocupe-se apenas em aplicar o aprendizado que recebeu nas aulas do Mestre. Ele se interessa por aquele que pede ajuda e repete toda a “matéria” dada, portanto, só depende de você.
Font: -> (Rita Pando)
Bens Materiais – Marco Brasil
- Bens Materiais
Preste atenção minha gente no que eu tenho pra dizer
Este é fato muito triste e que jamais vou esquecer:
Este é fato muito triste e que jamais vou esquecer:
Existiu um cidadão ganancioso demais,
Só pensava em poder e em bens materiais.
Só pensava em poder e em bens materiais.
Tinha uma esposa mal amada e um filho por nome Juninho,
A quem pouco dava atenção e jamais dava carinho!
A quem pouco dava atenção e jamais dava carinho!
O pai ignorava a família e só pensava no dinheiro
Não tinha morada certa nem tão pouco paradeiro.
Não tinha morada certa nem tão pouco paradeiro.
Quantas vezes a mãe ao lado de seu filhinho
Passavam Natal, aniversários e outros dias sozinhos.
Passavam Natal, aniversários e outros dias sozinhos.
O filho às vezes chorava querendo o pai encontrar
E a mãe sempre dizia querendo lhe consolar
Seu pai está trabalhando pra mais conforto nos dar!
E a mãe sempre dizia querendo lhe consolar
Seu pai está trabalhando pra mais conforto nos dar!
O pai sempre viajando por este chão brasileiro
Não media as conseqüências
Pra ganhar o seu dinheiro.
Não media as conseqüências
Pra ganhar o seu dinheiro.
Certa vez um bom dinheiro ele conseguiu ganhar
Comprou o carro importado que ele vivia a sonhar
E depois de um bom tempo, com a família veio encontrar.
Comprou o carro importado que ele vivia a sonhar
E depois de um bom tempo, com a família veio encontrar.
Chegou em casa no seu carro dirigindo
E para a sua família foi logo se exibindo
E para a sua família foi logo se exibindo
Era um carro de luxo da cor azul do céu
Que para todos ele mostrava, como se fosse um troféu.
Que para todos ele mostrava, como se fosse um troféu.
O filho com saudades, perto do pai chegava.
mas ele não dava atenção, nem sequer pro filho olhava.
mas ele não dava atenção, nem sequer pro filho olhava.
O homem só falava do carro, até parecia um louco
Depois de algum tempo, resolveu descansar um pouco.
Depois de algum tempo, resolveu descansar um pouco.
O pai foi dormir e o garoto ficou acordado
Olhando pra aquele carro viu uma sujeira do lado.
Olhando pra aquele carro viu uma sujeira do lado.
Na inocência de criança querendo o pai ajudar,
Pegou um balde de água para o carro lavar
Pegou uma bucha de aço e começou a esfregar.
Pegou um balde de água para o carro lavar
Pegou uma bucha de aço e começou a esfregar.
Depois com simplicidade foi correndo o pai acordar!
O homem ao ver o carro todo arranhado
Parecia um animal feroz e descontrolado
Parecia um animal feroz e descontrolado
E como um demente que não sabe o que faz
Nas mãozinhas do menino começou a bater
Nas mãozinhas do menino começou a bater
A mãe num quarto trancada não pode seu filho ajudar
Vendo o pai com muito ódio o garoto castigar!
Vendo o pai com muito ódio o garoto castigar!
O pai mostrando maldade impedia e não deixava
Que a mãe buscasse socorro pro seu filho que ali chorava.
Que a mãe buscasse socorro pro seu filho que ali chorava.
Três dias se passaram de sofrimento sentido
Atá que o pai foi consertar o carro e o filho pode ser
atendido.
Atá que o pai foi consertar o carro e o filho pode ser
atendido.
O médico deu a notícia tão triste de se escutar
Mãe, a mãozinha de seu filhinho teremos que amputar!
Mãe, a mãozinha de seu filhinho teremos que amputar!
Em estado de choque a mãe foi internada
E naquele mesmo dia a cirurgia do filho marcada.
E naquele mesmo dia a cirurgia do filho marcada.
Passaram-se alguns dias e o pai foi avisado
A notícia deixou o homem totalmente desesperado.
Saiu correndo para o hospital onde o filho estava internado.
A notícia deixou o homem totalmente desesperado.
Saiu correndo para o hospital onde o filho estava internado.
Quando viu o seu filho, com a mão amputada, começou a chorar.
O menino o abraçou e quis o pai consolar.
O menino o abraçou e quis o pai consolar.
Na inocência de criança para o pai começou a falar:
“Papai eu nunca mais vou fazer você chorar,
Pois eu já não tenho minha mãozinha para o seu carro arranhar!”
“Papai eu nunca mais vou fazer você chorar,
Pois eu já não tenho minha mãozinha para o seu carro arranhar!”
O homem saiu correndo sem saber o que fazer
Com tanta dor e remorso não queria mais viver.
Com tanta dor e remorso não queria mais viver.
Não tinha mais solução, não tinha mais outro jeito.
Pegou então uma arma e sem pensar
atirou contra o próprio peito.
Pegou então uma arma e sem pensar
atirou contra o próprio peito.
Aquele tiro tirou a vida em poucos instantes
De um homem egoísta, covarde e ignorante!
De um homem egoísta, covarde e ignorante!
Termino esta triste história e espero não ver outras iguais.
E deixo aqui uma mensagens para filhos e pais:
“Na vida há coisas mais importantes do que bens
materiais!”
E deixo aqui uma mensagens para filhos e pais:
“Na vida há coisas mais importantes do que bens
materiais!”
“Efeito Beija-Flor”
Pulamos de ilusão em ilusão como passarinhos que trocam de galho no início da primavera.Em busca do galho mais perfeito, mais seguro, mais aconchegante. Somos como o beija-Flor, que de flor em flor, colhe e transporta o pólen na tentativa de germinar. A cada bicada uma procura e a cada flor que se fecha uma ilusão que se desfaz. A fugacidade da beleza da natureza leva a refletir sobre as ilusões humanas. As flores, por mais lindas, duram pouco. A cerejeira é um exemplo, pois sua impressionante beleza dura poucos dias, e acumula ao seu redor dezenas de pessoas munidas de máquinas fotográficas querendo registrar esta peculiaridade efêmera. Nossa vida, muitas vezes, também é assim. Registrar belezas efêmeras, de curta duração, cujo impacto pode se prolongar por toda uma existência e cuja lembrança perpassa toda uma vida. Homens beija-flor que somos, mergulhamos na ilusão de que o pólen do momento germinará mas desígnos estranhos, ou escolhas humanas, invadem nossos sonhos nos trazendo para o chão da realidade. E assim seguimos até a próxima idealização, a próxima ilusão, a próxima flor que se abre vistosa em busca do nosso pólen. Será que viver é isto?
Nossas maiores angústias residem na encruzilhada entre a diversão sem compromisso e a busca de um porto seguro. Os eternos adolescentes vivem o efeito beija-flor cotidianamente, aproveitando fundo as ilusões que os momentos oferecerem sem se preocupar com o dia de amanhã. Os carentes crônicos vivem cada ilusão como a porta de salvação de sua condição solitária, condição esta muitas vezes nem real é. E há ainda os variáveis que a cada dia querem uma coisa, ou que querem tudo de uma só vez e se engasgam com sua própria gula. Tradicionalmente na medida em que envelhecemos a busca por uma companhia especial passa a ser mais intensa. Não exatamente um casamento, que na sua forma tradicional esta fadado ao fracasso, mas nas grandes amizades que se cultivam em cima de companheirismos e cumplicidades. Infelizmente este momento da vida também é acompanhado pela ansiedade, que estraga todo o processo, e o risco de se desvalorizar em busca de uma idealização é grande e a frustração acaba sendo caminho recorrente.
Acho que viver pode ser um pouco de cada destas coisas: cultivar a auto-estima, sonhar sem deixar de ser real, curtir ilusões sem mágoas ou posses. Mas infelizmente chegar neste ponto exige muito e os coloridos ilusórios do longo caminho tentem a ser mais sedutores. De todos os males que a ilusão produz, para mim o pior é o seu cultivo pela falsa possibilidade, a falta de diálogo é um mal terrível e esta incomunicabilidade só destrói. Falar pressupõe primeiro se ouvir. Quando se externa um sentimento, se revela o que estava guardado há muito, abrimos o cofre com o que não queremos nos deparar. Acabamos encarando nossas misérias e nossas contradições e pára não conviver com estes fantasmas, fechar a boca acaba sendo o caminho mais curto. Um ato de egoísmo intenso.
Vivi grandes e boas ilusões que me fizeram feliz por momentos e me marcaram para toda a vida. De todas elas levo a experiência e as lembranças como medalhas por ter sobrevivido. A sucessão de momentos me fez o que hoje eu sou: o somatório de todas as alegrias e dores, todos os gozos e decepções que fiz acontecer. Ter uma vida de minisséries é intenso e variado e exige esforço contínuo de desapego. Ando querendo mais agora. Já tive várias conquistas e superar minhas próprias limitações vai ter o valor de um campeonato vencido. Além dos romances folhetinescos almejo um épico consistente e construído que vá além das primeiras páginas e se expanda por várias primaveras floridas. Sempre estaremos sujeitos as variadas espécies de beija-flores sedutores que cruzam nossos caminhos, espantar tanta beleza seria quase uma afronta ao que a natureza oferece. No entanto, saber admirar sem idealizar e entender a beleza do momento que não se extende também faz parte do respeito a outra natureza tão importante, que é a natureza humana, ou seja, a nós mesmos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário