quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Lol


Imagine Harry 3 (parte 4)
Provavelmente eu estava enlouquecendo aos poucos.
Todas as minhas esperanças foram liquidadas quando nós fomos ao Brasil em tour. Eu não tinha o número de telefone brasileiro dela, eu não sabia o seu endereço e nem mesmo sabia em que cidade ela morava, se ao menos continuasse vivendo no Brasil. Naqueles 3 dias que nós fomos para lá, a minha cabeça não parou sequer um mísero segundo de trabalhar nas possibilidades de reencontrá-la. Possibilidades impossíveis. Obviamente, não consegui encontrar ela novamente. Aquilo me deixou arrasado por dias a fio.
Depois que passou a minha fase de tristeza, eu comecei a namorar uma cantora chamada Taylor Swift. Nosso namoro fracassou, como todos os relacionamentos que eu já tinha tentado depois dela… Foi aí que eu devo ter começado com a minha loucura.
Primeiro, foi em um show em Bristol. Estava cantando Summer Love e quando olhei para um canto da multidão, pude jurar que (s/n) estava lá. Me controlei ao máximo e desviei o meu olhar, devia ser alguém parecido, era impossível que ela estivesse lá. Eu devia estar ficando louco, apenas isso, parecia que cada espaço da minha mente era ocupado por ela. Talvez eu estivesse obcecado por ela… Na verdade, eu sabia que eu estava, mas não queria admitir aquilo a mim mesmo. Depois, aconteceu a mesma coisa pela segunda vez, mas em Londres, alguns meses depois. Eu tinha saído para dar uns autógrafos com os meninos, e eu ouvi uma voz familiar berrando o meu nome no meio das fãs. Não seja estúpido Harry, isso já está se tornando doentio, eu disse a mim mesmo e me forcei a não olhar na direção da voz.
- HARRY! CURLY! HAZZA! – parecia que era a única voz que eu conseguia escutar.
Contra a minha vontade, levantei os olhos e a vi. Era ela, eu tinha absoluta certeza. Minha boca se abriu e o meio queixo caiu levemente. Fiquei encarando-a que nem um imbecil enquanto ela abanava para mim e sorria.
- Meninos, tem fãs demais, nós precisamos sair daqui ou vai começar um tumulto – Paul avisou, mas eu fiquei parado, estático. Ele teve que me puxar pelo braço e me enfiar dentro do carro, porque eu estava em completo estado de choque.
Tudo ficou pior de um tempo para cá. Eu comecei a sonhar com ela… Nós dois em Holmes Chapel indo tomar sorvete e depois caminhando juntos até a escola… Uma vez, eu sonhei que nós dois estávamos em uma praia, e ela estava nua e nós começamos a… Você sabe o que… O fato que me perturbava profundamente era que ela não abandonava os meus pensamentos nunca. Mas agora, o problema era que eu a queria, eu desejavaela.
- Harry… HARRY ACORDA! – senti alguém “batendo” nos meus cachos.
- Hm… Oi? – eu perguntei sonolento, esfregando os olhos para tentar acordar melhor.
- Chegamos Curly Boy – Niall sorriu jogando a minha mala no meu colo.
Sorri também. Era ótimo estar em casa depois de tanto tempo em tour. Nós desembarcamos do nosso avião e fomos até a área de desembarque.
- Harry… – Louis perguntou curioso – Quem é (s/n)? Você sempre fala o nome dela quando você está dormindo… – ele deu um riso malicioso – Você estava gemendo o nome dela uma vez durante um sonho…
- Não viaja Louis! – senti as minhas bochechas esquentando e corando – Eu não tenho sonhos eróticos e também não faço a mínima ideia de quem seja essa tal “(s/n)”.
- Hum-hum, sei – ele sorriu e decidiu não tocar mais no assunto.
Nós íamos deixar o aeroporto pela porta da frente mesmo, mas fomos surpreendidos por um bando de fãs. Ela gritavam, choravam, tentavam rasgar as nossas roupas e atiravam coisas (presentes na gente). Eu recolhi duas calcinhas, um pacote de camisinhas, um copo do Starbucks com o número de uma garota e os meninos também pegaram as coisas que jogaram neles. Nós fugimos pela saída dos fundos e entramos na nossa camionete preta.
- Ufa! – Zayn falou, ofegando porque nós tivemos que correr para fugir delas.
- Me jogaram um IPhone dessa vez… – Niall sorriu – Ih, olha só isso Harry, essa garota fez uma montagem no photoshop muito boa de uma foto dela com você… Hum, ela é bem bonita… Quer ver?
- Aham – eu disse sem muito interesse e Niall me entregou o telefone.
Olhei para o plano de fundo da tela bloqueado e senti meu estômago se embrulhando e a minha garganta ficando completamente seca. Examinei aquela foto com o máximo de cuidade possível… O fundo era uma sorveteria de Holmes Chapel que eu adorava… Tinham duas pessoas sorrindo e segurando sorvetes. Uma delas era eu. E a outra… Era aquela que atormentava os meus pensamentos a cada segundo do meu dia.
- Harry, você tá bem cara? Você tá pálido – Liam disse.
- E-eu… – tentei responder, mas eu acho que era muita informação para mim.
O celular dela soltou um aviso de nova mensagem:
“Quero meu celular de volta Curly. Daqui a 10 minutos, no Starbucks perto da London Eye x”.
- MOTORISTA! PARA A LONDON EYE! AGORA! – eu estava tão nervoso e excitado que acabei gritando. Aquilo só podia ser mais um dos meus sonhos.
{…}
Sentei em uma mesa qualquer do Starbucks. Não me lembro de ter pedido nada, mas uma mulher me trouxe um café. Tomei-o enquanto tamborilava os dedos na mesa ansiosamente.
- Ainda se lembra de mim? – senti alguém cutucando o meu ombro.
Me virei.
Olhei no fundo dos olhos dela depois de todo aquele tempo. Senti um frio na barriga, o mesmo que eu sentia sempre que estava junto com ela. Naquele momento, eu não sabia direito o que eu devia fazer. Se eu chorava ou ria; se eu a beijava ou simplesmente gritava com ela por ter me deixado naquela manhã chuvosa a dois anos atrás. Em um gesto automático, abracei ela o mais forte possível. Sentir o seu corpo tão perto do meu depois de tudo que nós passamos era… Simplesmente incrível. Era melhor do que os meus sonhos. Inspirei o perfume dela, aquele mesmo cheiro que me deixava louco desde sempre. Nós ficamos nos abraçando por pelo menos cinco minutos.
- Eu não sei o que dizer… – eu falei, apartando o abraço, meio relutante.
- Eu senti a sua falta Harry, muito mesmo – ela segurou as minhas mãos e uma lágrima escorreu pela bochecha dela – Eu só espero que você não me odeie depois de tudo que eu te fiz…
- Não odeio. Nunca odiei. Mesmo que eu tentasse – eu admiti, fazendo nós dois soltarmos sorrisos. Limpei a lágrima com o meu polegar e fiz sinal para que nós nos sentássemos – Então… Senta, vamos conversar! – eu estava agindo o mais normal que eu conseguia, mas eu estava tão feliz em ver ela que eu não parava de sorrir por um só instante.
- Então… Você ficou famoso hein? – ela sorriu.
- Pois é e… – eu ia começar a falar mas ela se levantou e puxou a cadeira dela para o lado da minha.
- Desculpa, eu só queria… – ela diminuiu o tom – Ficar mais perto de você…
Sorri ao ouvir aquilo.
- Ei! Você merecia um tapa por aquele dia que eu fiquei abanando para você e gritando o seu nome que nem uma maluca e você fingiu que nem me conhecia! – ela disse séria.
- M-mas, eu… – eu ia me explicar, ainda que eu estivesse meio surpreso porque para mim, todas as minhas visões dela eram apenas ilusões.
- Tô brincando idiota – ela riu e me deu um tapinha no ombro. É, ela continuava a mesma.
- Senti a sua falta – eu falei repentinamente.
- Eu também – ela sorriu e me abraçou de novo.
Nós conversamos sobre mais algumas coisas até que o assunto surgiu.
- Então… Tem um namorado? – eu não conseguia mais evitar perguntar sobre aquilo, aqueles sonhos com ela nua ficavam rebobinando na minha cabeça e me deixando louco.
- Não – ela disse tomando um longo gole de café – É meio complicado…
- O que é complicado?
- Ah Harry…
- Me fala – eu insisti.
- É que… Eu não consigo achar alguém que me entenda do jeito… – ela parou de falar e me encarou.
- Fala – eu cutuquei a barriga dela sorrindo.
- NÃO! – ela riu.
- Admite – eu impliquei.
- OK OK! Eu gostava da nossa relação… Sei lá, eu sinto falta disso. TÁ FELIZ AGORA? – ela perguntou – E como vai a Taylor – ela revirou os olhos e fez uma careta ao falar dela.
- Nada bem. Nós terminamos – eu falei – Parece que eu não sou bom em relacionamentos.
- Ah, qual é, você é sim! – ela tentou me animar.
- Acho que eu só era bom com você… – eu admiti – Quero dizer, tudo dava tão certo… Quero dizer, deu certo por umas 12 horas – nós dois rimos – Eu gostava do que a gente tinha…
Nós dois paramos e nos encaramos. Ficamos uns segundos assim.
- Harry?
- Hum?
- O que você está fazendo?
- Pensando se eu devo te beijar.
- Deve.
- O que?
- Me beijar.
- A tá.
- Me beija logo Styles!
Eu coloquei as mãos na nuca dela e a guiei seus lábios ao encontro dos meus. Ao sentir o seu toque, foi como se durante todo esse tempo eu não tivesse estado tão feliz quando eu estava agora. Uma corrente elétrica percorreu o meu corpo. (S/N) colocou as mãos no meu cabelo, o bagunçando.
- Erm… Com licença…. – uma voz nos interrompeu – Nós já vamos fechar!
Nós terminamos e beijo e olhamos em volta. O Starbucks estava vazio, e tinha apenas um funcionário parado na nossa frente segurando um esfregão. Eu corei um pouco ao notar que aquele cara tinha assistido todo o nosso beijo.
- Vem, Harry! – (S/N) me puxou pela mão sorrindo até a porta.
Ela vestiu o cachecol vermelho que estava pendurado em um cabide e pegou a bolsa. Olhamos para fora, e um temporal caia.
- Você não trouxe casaco? – eu perguntei.
- Não, mas tá tudo bem – ela deu de ombros, fazendo menção para abrir a porta.
- Ei! – puxei ela pelo braço para perto de mim – Vem cá.
Abri a lateral do meu casaco e ela entrou ali, dividindo o espaço comigo.
Nós fomos correndo até o carro dela.
- Obrigada – ela disse sorrindo enquanto girava as chaves e começava a dirigir pelas ruas de Londres.
- Na minha casa ou na sua? – eu perguntei rapidamente.
- HARRY! – ela deu um riso malicioso me repreendendo.
- O que foi? – eu perguntei sorrindo.
- Na sua, a minha colega de quarto está na minha casa – ela correspondeu as minhas expectativas – Você é rapidinho hein?
- Ia ser estranho se eu dissesse que eu já tive sonhos… Hum, para maiores de 18 com você? – eu brinquei.
- Harry, você foi o melhor sexo que eu já fiz – ela me olhou séria – Eu faria até no carro com você – ela mordeu o canto da boca.
- Mas não vamos… A minha cama nova deve ser muito boa para isso – eu beijei o pescoço dela.
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